Landmarks: O que são? Quais são?

Landmarks: O que são? Quais são?

A Modern Examination of the Landmarks of Freemasonry Um exame dos landmarks da maçonaria moderna
As constituições dos maçons, um exame dos landmarks da maçonaria moderna

Muito se fala de Landmarks e muitos não sabem o que são e quais são. Para alguns, tudo é “Landmarque”.

Então vejamos:

A palavra inglesa Landmark significa marco de limite, marco, sinal, ou ainda, em sentido figurado, ponto de referência. O termo foi inspirado no Antigo Testamento, onde consta com o significado de limite ou marco sagrado e inviolável.

Os Landmarks são os antigos marcos de limite, as leis não escritas que constituem os princípios gerais da Maçonaria.
Apresentam as seguintes características:

  1. Existem desde tempos imemoriais, sob a forma de usos e costumes ou mesmo de leis escritas;
  2. São inalteráveis;
  3. São irrevogáveis;
  4. Não podem ser infringidos;
  5. Não podem sofrer acréscimos.

Diversos eminentes autores maçônicos procuraram compilar os Landmarks e cada um apresentou a sua versão, não havendo um consenso sobre o assunto.
A menor compilação, dos IIrm.’. Alexandre Bacon e Chetwood Crawley apresenta apenas 3 Landmarks; O Irm.’. Albert Pike, que foi Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do REAA.’. Jurisdição Sul dos Estados Unidos compilou 5; O Irm.’. J.G.Findel (1822-1877) alemão autor de inúmeras obras maçônicas, antes de Mackey, relacionara apenas 9, que são geralmente os utilizados pelo Rito Moderno; e a maior, com 54, foi elaborada pelo Irm.’. H. G. Grant e adotada pela Grande Loja do Kentucky.

A versão mais conhecida e considerada no Brasil é a do Dr. Albert G. Mackey (foto), 1807-1871, Maçom norte-americano autor da grande Encyclopaedia of Freemasonry, publicada em 1874.
Esta obra é tida como uma das melhores e mais completas sobre a Maçonaria. Os 25 Landmarks segundo Mackey:

  1. Os meios de reconhecimento;
  2. A divisão da Maçonaria Simbólica em graus;
  3. A lenda do grau 3;
  4. O governo da fraternidade por um Grão-Mestre, eleito pelo povo maçônico;
  5. A prerrogativa do Grão-Mestre de presidir todas as reuniões de Maçons em sua jurisdição;
  6. A prerrogativa do Grão-Mestre de conceder licença para conferir graus antes do tempo regulamentar;
  7. A prerrogativa do Grão-Mestre de autorizar a instalação e o funcionamento das Lojas;
  8. A prerrogativa do Grão-Mestre de iniciar (no grau 1), elevar (ao grau 2) e exaltar (ao grau 3) à primeira vista, isto é, sem cumprir as formalidades e interstícios;
  9. A necessidade dos Maçons se congregarem em Lojas;
  10. O governo das Lojas por um Venerável Mestre e dois Vigilantes;
  11. A necessidade das Lojas trabalharem a coberto, ou seja, cuidando para que nada se possa ouvir de fora do templo;
  12. O direito dos Mestres poderem ser representados nas Assembleias Gerais;
  13. O direito de todo Maçom poder recorrer perante a sua Potência ou às Assembleias Gerais contra as resoluções de sua Loja;
  14. O direto de todo Maçom visitar e tomar assento em qualquer Loja regular;
  15. A necessidade de ser verificada a condição de Maçom dos visitantes desconhecidos;
  16. A não interferência de uma Loja nos assuntos de outra Loja;
  17. A sujeição de todo Maçom às leis e regulamentos maçônicos vigentes na jurisdição em que reside;
  18. A necessidade dos candidatos à iniciação serem isentos de defeitos e mutilações, livres de nascimento e maiores de idade, não se permitindo o ingresso de mulheres, aleijados e escravos;
  19. A crença na existência de Deus, o Grande Arquiteto do Universo;
  20. A crença em uma vida futura;
  21. A existência entre os equipamentos da Loja, de um livro que, conforme a crença, se suponha conter a Lei de Deus;
  22. A igualdade de todos os Maçons perante Deus e em Loja;
  23. A não revelação dos segredos;
  24. A fundamentação da Maçonaria como ciência especulativa, segundo métodos operativos;
  25. A inalterabilidade desses Landmarks, não podendo haver acréscimos ou supressões. “Assim como de nossos antecessores os recebemos, assim os devemos transmitir aos nossos sucessores”.

Outros grandes autores maçônicos, embora não tenham compilado suas versões dos Landmarks, os criticam. Como exemplo podemos citar
(1) Jules Boucher in A simbólica Maçônica: “Na Maçonaria francesa, a ‘Liberdade de Pensamento’ é um ‘landmark’ fundamental e, paradoxalmente, este ‘landmark’ não tem limites!”;
(2) Alec Mellor in Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco-Maçons: “Mackey, Maçonólogo americano cuja grande Encyclopaedia of Freemasonry, publicada em 1874 (…) é considerada uma das melhores obras sobre o assunto, a despeito de uma lista de Landmarks discutível”.
(3) Oswald Wirth in Qui est Régulier (tradução livre): “Os landmarks são invenções modernas e seus partidários jamais conseguiram obter um consenso para fixá-los.
Isso não impede que os anglo-saxões proclamem sagrados esses limites essencialmente flutuantes, que ajustam de acordo com seus interesses. Cada Grande Loja fixa-os de acordo com seu modo de compreender a Maçonaria; a Maçonaria é compreendida de modos muito diferentes, razão das definições contraditórias e destrutivas da unidade dentro de uma instituição que visa à concórdia universal”;

Excertos do livro (em elaboração) Maçonaria para Maçons, Simpatizantes, Curiosos e Detratores

O Texto acima é de autoria do grupo Simbologia Maçônica Dos Painéis No grupo Simbologia Maçônica Dos Painéis

Nos recomendamos a leitura do livro “Simbologia Maçônica dos Painéis” Editora Maçônica “A Trolha”

SIMBOLOGIA MAÇÔNICA DOS PAINÉIS
SIMBOLOGIA MAÇÔNICA DOS PAINÉIS

https://www.atrolha.com.br/simbologia-maconica-dos-paineis.html

Fonte: https://pt-br.facebook.com/simbologiamaconica.dospaineis/posts/1642964982685993/

Saiba mais em https://www.oslandmarks.com.br/o-que-sao-os-landmarks/

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